terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Abaixo-assinado digital quer impedir aprovação do ACTA...


Manifestantes protestam contra aprovação do ato que pode acabar com a distribuição de conteúdos não autorizados na internet.

A ONG internacional Avaaz está organizando um abaixo-assinado digital para impedir que o ACTA seja aprovado. Segundo a organização, a proposta é conseguir pelo menos 500 mil assinaturas contra o projeto, que atualmente está em trâmite em diversos países.

Apesar das manifestações online, o projeto segue a todo vapor no parlamento europeu. Na semana passada, 22 novos países assinaram o acordo. No total já são 30 nações apoiando o projeto. O acordo prevê que os países signatários criem leis mais rígidas que garantam a retirada de conteúdo ilegal da internet.

Para isso, a privacidade dos internautas pode ser invadida e o infrator poderá ser penalizado, tendo que ressarcir os prejudicados ou até mesmo pagar multas e cumprir penas.
Leia mais em:  http://www.avaaz.org/po/

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O CASO RAPUNZEL NÃO FOI INVESTIGADO...

Depois de analisar a vida do Coelhinho Maconheiro e denunciar a injustiça contra o Lobo Mau, quero que vocês pensem comigo como tem furos no CASO RAPUNZEL.
Há muitos anos em um reino distante, muitos crimes não foram investigados. Vamos aos fatos.

OS PAIS
A mãe de Rapunzel era uma dondoca. Cobiçava os rabanetes da vizinha. Usava a gravidez como moeda e fingiu uma depressão, chantageando emocionalmente o marido, o que o levou a fazer uma série de delitos. O marido provavelmente cansado de mimimis, sistematicamente invadia o quintal da vizinha e furtava os rabanetes. Quando foi pego negociou de forma sórdida a criança que era esperada pelo casal, que foi entregue logo após o nascimento.

A VIZINHA
Só posso concluir que se tratava de uma mulher amargurada que se autodenominava feiticeira. Afastando de si qualquer pessoa ou contato mais intimo. Sua vida era um mistério. Não se sabia de onde tinha vindo ou o que fazia por ali. O que acho mais incrível, é que educou Rapunzel até seus doze anos em “liberdade”. Quando deixava de ser uma menina e ganhar corpo de mulher, foi trancada em uma torre. Quem sabe nutria um sentimento além de uma mãe de criação. Desejo sexual mesmo.
A TORRE
O imóvel ficava em um lugar afastado e não faço ideia como passou despercebido para os órgãos de fiscalização daquele reino. Tinha 20 metros de altura e nenhuma porta. A tal “feiticeira” usava argumentos religiosos para que a moça não cortasse os cabelos, mas na verdade estava sem treino para subir a escada externa e queria uma linda TEREZA loira. A torre era uma alcova e Rapunzel se submetia a toda espécie de caprichos da dita feiticeira. Observem o formato fálico da torre. Pois bem, um Príncipe que passava por lá se atocaiou por dias até descobrir o Modus Operandi da senhora e conseguir assim realizar suas fantasias. Não foi nada difícil conquistar a moça carente, solitária e totalmente subjugada.

A TRAIÇÃO
Um dia Rapunzel de ressaca e um pouco confusa, disse que a feiticeira era mais gorda que o príncipe. Pronto, apunhala duplamente o coração dela. Gorda e traída. Vamos combinar que é demais mesmo.

A VINGANÇA
A feiticeira finalmente tira Rapunzel da torre e a envia para um deserto. O Príncipe desmascarado pela feiticeira tenta o suicídio se jogando do alto da torre. Mas deu azar, caiu sobre espinhos e furou os olhos. Passou anos vagando sem rumo. 

O REENCONTRO
Anos depois de isolamento o Príncipe ouve a linda voz de Rapunzel e reconhece de imediato. Ela por sua vez não consegue imaginar que aquele fedorento, barbudo e com pele arruinada pelo sol, um dia havia agitado seus hormônios. Em uma crise de choro, tamanho foi sua decepção de ver o gostosão transformado em um traste, acaba derrubando lágrimas em seus olhos. Pior de tudo é que o curou. Dali para frente nada mais tinha a fazer a não ser apresentar seus filhos gêmeos e tentar descolar um teste de DNA. Reino é reino.

CONCLUSÃO
Naquele tempo não existiam Conselhos Tutelares e muito menos o SICRIDE - Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas. Por isso não foi investigada a venda e o desaparecimento de um recém-nascido. 
O desaparecimento do Príncipe também foi abafado pelo serviço de inteligência do reino. Porém depois do retorno exigiu a demissão do chefe que era pançudo. Porém a dúvida continuou. Ele era pançudo por que não fazia nada ou não fazia nada porque era pançudo?
A tal feiticeira depois de ter comprado um bebê e abusar sexualmente de menor continua solta, cheia de botox e megahair.
Triste é a sociedade hipócrita!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PRODUZIDOS PARA QUEBRAR, THE LIGHT BULB CONSPIRACY...


A obsolescência programada reduz a durabilidade de produtos para estimular o consumo, mas um documentário vem mostrar o lado sombrio desta prática raramente admitida pela indústria
SÃO PAULO – A cineasta Cosima Dannoritzer usa o mesmo celular há 13 anos. “Ele nem tira fotos, mas eu tenho uma câmera para isso”, diz. Depois de ouvir lendas urbanas sobre obsolescência programada – a prática da indústria de determinar uma vida útil curta em seus produtos para vender mais –, ela decidiu investigar o tema. E a realidade se tornou ainda mais estranha para ela.

Em seu documentário, The Light Bulb Conspiracy (A conspiração da lâmpada, em inglês), Cosima mostra que a indústria tem práticas escusas para determinar a validade dos seus produtos. E isso ocorre especialmente na indústria da tecnologia.
O caso da primeira geração do iPod é emblemático. Casey Neistat, um artista de Nova York, pagou US$ 500 por um iPod cuja bateria parou de funcionar 8 meses depois. Ele reclamou. A resposta da Apple foi “vale mais a pena comprar um iPod novo”. O caso virou uma ação de rua nos cartazes publicitários da Apple, retratada no vídeo iPod’s Dirty Secret. O filme foi visto por Elizabeth Pritzker, uma advogada de São Francisco. Ela entrou com uma ação coletiva em nome dos consumidores – naquela altura, a Apple já havia vendido três milhões de iPods pelos EUA.
No caso do primeiro iPod, a empresa fez um acordo com os consumidores. Elaborou um programa de substituição das baterias e estendeu a garantia dos iPods por US$ 59. A Apple disse ao Link que “a vida útil dos produtos varia muito com o seu uso”.

“Eu acredito que o desenvolvimento do iPod foi intencionalmente uma obsolescência programada”, diz a advogada no documentário.
De diretora, Cosima abraçou a causa e virou ativista contra o consumismo. “Na indústria da tecnologia, muitos consumidores estão sempre procurando pela última versão, para ter novas funções, mas também para seguir a moda”, afirma. “Muitas formas de obsolescência programada estão juntas. Na forma tecnológica pura, mas também na forma psicológica em que um consumidor voluntariamente substitui algo que ainda funciona só porque quer ter o último modelo.”
Uma dessas travas eletrônicas é a que está em impressoras a jato de tinta. No filme, um rapaz vai à assistência para consertar sua impressora. Os técnicos dizem que não há conserto. O rapaz então procura pela web maneiras de resolver o problema. Ele descobre um chip, chamado Eeprom, que determina a duração do produto. Quando um determinado número de páginas impressas é atingido, a impressora trava.
A Epson nega. A assessoria de imprensa afirma que não há nenhum prazo para seus produtos. “Rejeitamos totalmente a afirmação de que eles são fabricados para apresentar defeitos depois de algum tempo”, disse. “A almofada de tinta e o Eeprom mencionados no programa são instalados para manter a alta qualidade da impressora e não para controlar a vida útil do produto.”
Crescimento. A prática, porém, não é de agora. A história da obsolescência programada confunde-se com a história da indústria no século 20. E tudo começou com lâmpadas.
Na década de 1920, um cartel que reunia fabricantes de todo o mundo decidiu que as lâmpadas teriam uma validade: 1.000 horas (embora a tecnologia da época já pudesse produzir lâmpadas mais duráveis, e uma lâmpada de 100 anos que ainda permanece acesa é citada logo no início do documentário). Assim, as empresas conseguiriam garantir que sempre haveria consumidores para seus produtos.
Com a crise de 1929 o consumo caiu. E a obsolescência programada se consolidou como uma estratégia da indústria para retomar o crescimento.
O economista Bernard London foi o primeiro a teorizar sobre a prática. Em 1932, publicou o livro The New Prosperity. O primeiro capítulo deixa claro: “Acabando com a depressão através da obsolescência programada”. Ele sugere que, se as pessoas continuassem comprando, a indústria continuaria crescendo e todos teriam emprego.
Em teoria, diz Cosima, não há nada de errado na obsolescência programada. “Nós não queremos um computador com 20 anos de idade”, exemplifica. “Mas a vida útil dos produtos está se tornando mais curta e não dá para atualizar nada sem jogar o objeto inteiro no lixo”, diz a cineasta.
E é aí que vem a conta. Cosima visitou lixões em Gana, na África, para chegar o final da cadeia produtiva dos eletrônicos de consumo rápido. Viu pessoas serem exploradas em busca dos metais valiosos dos produtos.
“Se eu uso meu celular por dois anos em vez de um, não é um grande sacrifício, mas se todos fizerem isso, significaria que apenas metade dos celulares em desuso seriam enviados para lixões ilegais.”

Para a diretora, a crise mundial mais uma vez pode refletir no comportamento da indústria. Só que, desta vez, ao contrário. Na Consumer Eletronics Show, a CES, maior feira de tecnologia dos EUA, que ocorreu no início do ano, a pirotecnia de lançamentos de aparelhos dividiu espaço com outra tendência: a durabilidade dos produtos. Passou quase despercebido, mas algumas empresas já estão partindo para a “desobsolescência programada”, como escreveu Lance Ulanoff, editor-chefe do site de tecnologia Mashable.
Programado. Chip EEPROM, encontrado dentro das impressoras
Ele cita as smart TVs “à prova de futuro” da Samsung, que têm um kit para se manterem atualizadas. “Claramente a Samsung descobriu que os consumidores não estão tão interessados em TVs de alta definição que ficam desatualizadas ou saem de moda em poucos anos de uso”, escreveu. Ele também falou do Motorola Droid Razr Max, smartphone Android, cuja bateria roda até 15 horas de vídeo com uma carga.
“Há empresas que estão vendendo produtos mais duráveis convencendo seus consumidores de que isso é um bom investimento”, diz Cosima. Ela cita no documentário as lâmpadas ultra-duráveis da Philips que ficam acesas por até 25 mil horas. Segundo a assessoria da Philips, os produtos verdes representaram 31% do total das vendas da companhia. Foram mais de 800 lançamentos nessa área nos últimos dois anos.
“A obsolescência programada sempre faz sentido enquanto você pensa em como manter o crescimento da indústria e a criação de empregos a curto prazo”, diz Cosima. “O problema é a longo prazo. Estamos usando nossos recursos naturais e criando montanhas de lixo. A obsolescência programada funcionou bem no passado, mas estamos começando a ver as consequências. É um sistema que não pode ser usado para sempre.”


Por Tatiana de Mello Dias

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ARTIGO DO BBB POR LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO...



Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. [...] Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência. 
[...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. 
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? 
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados. 
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia. 
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. 
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns). 
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo. 
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!! 
Veja o que está por de tra$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. 
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. 
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade. 

Obs.: BBB* - Big Brother Brasil