segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

SIMPLICIDADE...



"Você é feliz?". Essa é a pergunta que mais me causa inquietação. Afinal, desde muito cedo, somos pré-programados a acreditar que felicidade é: Estudar. Namorar. Casar. Comprar um apartamento de 3 dormitórios na zona sul. Ganhar 10 mil reais por mês como empregado de uma multi-nacional. Ter 2 filhos. João Victor e Ana Clara. Ter 2 carros. Um popular (para o dia do rodízio) e um confortável, com bancos de couro e ar condicionado. Viajar uma vez por ano para fora do Brasil. A filha pode ser médica veterinária. O filho pode ser engenheiro. Ai eles vão estudar, namorar, casar, etc... Mas, onde isso está escrito? O conceito de felicidade é subjetivo demais para enquadrá-lo em um modelo perfeito. Dinheiro é papel. A melhor função que inventaram para o papel (após a escrita) foi a de limpar a bunda, com higiene e segurança. Tenho "amigos" e "familiares" (as aspas são porque não os considero como tal) que só se relacionam com pessoas que tem grana, pessoas que estão acima deles na pirâmide. Manja a pirâmide? Então. Gente vendida, que NUNCA se prostituiria por mil reais, mas por um milhão venderia a alma para o diabo. Gente que compra relacionamentos como se compra uma viagem à Europa. Mas quem disse que eu preciso conhecer a porra da Europa? Meu professor pseudo-mega-culto de semiótica? Meu gerente do banco? Meu parente coxinha? Meu "amigo" pseudo-cult-playboy? Porque, na boa, as pessoas que mais considero e amo nunca viraram pra mim e disseram "olha, você precisa conhecer a Europa". Que se foda a Europa. Mesmo sabendo que algumas delas já foram para lá e outras nunca poderão ir. Desapega um pouco. Felicidade pode ser um rolê de bicicleta na rua ou uma viagem a Praia Grande. Não existem fórmulas. Não existem maneiras. É caxias demais pensar assim. Olhar o mundo com esse preconceito todo. As coisas mais belas nos são dadas de graça. Dinheiro. Dinheiro. Dinheiro. Acordei às 8 da manhã e só ouço falar nisso. A vida não é businness. Para de ler um pouco VOCÊ S/A e leia nem que for um livro do Augusto Cury. Eu, sinceramente, não sei se sou feliz, mas com certeza sou muito mais livre do que muita gente por ai. E você?


Fonte: Facebook